O que é o Tempo de Integração em Analisadores de Energia?

A grande dúvida dos Engenheiros Eletricistas que trabalham com Consultorias Elétricas de Análise de Qualidade de Energia, e consequentemente utilizam registradores e analisadores de energia, é sobre qual o tempo de integração utilizar.

O tempo de integração é um fator importante para determinadas Consultorias Elétricas. Entre 200 milissegundos e 60 minutos, muitos distúrbios podem passar despercebidos.

E para que você não corra o risco de selecionar um tempo de integração que deixará passar despercebido distúrbios durante as medições, acompanhe a seguir o guia de bolso que o Engenheiro Kelvin Mendonça construiu especialmente para a nossa audiência! 

Saber os tempos de integração a serem utilizados em suas Consultorias Elétricas te auxiliará para não perder tempo na hora de configurar o seu equipamento.

 

Relação entre o Tempo de Integração e Registradores e Analisadores de Energia

Para realizar consultorias de análise de qualidade de energia se faz necessário o uso de um registrador ou analisador de energia, visto que os dados de memória de massa não fornecem dados de qualidade de energia e tampouco é possível avaliar os distúrbios que podem estar ocorrendo.

Além de conhecer o equipamento que está sendo utilizado, é importante conhecer os problemas que podem ser encontrados na instalação elétrica de uma unidade consumidora, pois o tempo de integração é decisivo ou fator chave a depender do tipo de distúrbio que está sendo analisado.

O tempo de integração em um registrador ou analisador de energia faz parte do processo de parametrização do equipamento! 

Além de algumas características específicas de cada equipamento, a grande diferença entre os Registradores e os Analisadores, inclusive, está em seus tempos de integração, o que interfere diretamente no objetivo da consultoria que será realizada.

Os Registradores de Energia possuem tempo de integração que pode ser configurado de 1 segundo a 60 minutos, dependendo do fabricante.

A maioria dos Analisadores de Energia, ou Analisadores de Qualidade de Energia, possuem um tempo de integração que varia de milissegundos (ms) a minutos (min). A autonomia de armazenamento desses equipamentos reduz à medida que diminuímos o tempo de integração.

Os analisadores de energia, por exemplo, têm a possibilidade de um tempo de integração de 200 ms, tempo esse que é utilizado em cargas que possuem chaveamento frequente (vários acionamentos em um curto espaço de tempo) para verificação das características das grandezas elétricas quando há suspeita de transientes ou mau funcionamento dessas cargas. Os bancos de capacitores automáticos em instalações onde o fator de potência varia constantemente podem ser analisados nessa configuração. 

Além dessas características, os Analisadores de Energia têm processadores mais rápidos que auxiliam no registro de transientes que não seriam identificados com os Registradores de Energia.

É claro que isso tem um custo: os Analisadores de Energia têm um preço maior que, a depender da Consultoria Elétrica a ser realizada, pode justificar o investimento em um equipamento melhor.

 

O que é Tempo de Integração?

Mas e afinal, o que é o tempo de integração?

O tempo de integração, período de integração ou ainda período de integralização é uma configuração presente nos Registradores e Analisadores de Energia Elétrica que define qual é a quantidade e a duração dos registros realizados por esses equipamentos, ou seja, se refere à taxa de amostragem dos dados que serão coletados para análise.

O Módulo 8 do PRODIST, por exemplo, traz em sua Seção 8.1 – Qualidade do Produto, que para a análise dos dados é necessário o registro de 1.008 leituras válidas, obtidas com período de integralização de 10 minutos cada, equivalente a 168 horas. Ou seja, para realizar uma análise de dados de acordo com os parâmetros do Módulo 8 do PRODIST, deve-se deixar o analisador de energia instalado por 7 dias (7 dias x 24 horas = 168 horas), e parametrizá-lo com um tempo de integração de 10 min (com medições realizadas em um intervalo de 10 min entre si), totalizando 1.008 leituras. 

O Engenheiro Kelvin Mendonça da equipe World Elétrica Academy elaborou um guia de bolso com a relação entre os tempos de integração e tipos de consultorias elétricas a serem realizadas e que você pode utilizar no campo de batalha sem perder tempo:

 

O Engenheiro Eletricista que deseja ser reconhecido e valorizado no mercado precisa estar sempre atento ao conhecimento técnico que envolve uma determinada solução, para que possa realizar uma análise coerente e apresentar a solução adequada.

Portanto, conhecer o tempo de integração ideal para avaliar determinado tipo de distúrbio de qualidade de energia ou realizar determinada Consultoria Elétrica é essencial para não perder tempo fazendo uma coleta de dados ineficiente, o que deixaria a sua imagem manchada frente a seu cliente!

Precificação de Serviços na Engenharia Elétrica

Você já realizou algum serviço por um valor que achou justo e depois percebeu que cobrou muito pouco?

A grande dúvida ao iniciar vendas de serviços e soluções em Engenharia é: Fechei um serviço, quanto eu cobro?

E há um grande risco de perder lucratividade quando se resolve precificar de acordo com o que os outros cobram, com tabelas estabelecidas ou com o que você considera “justo”. 

Existem metodologias estruturadas para definir o preço final de uma solução e também existem tipos de precificação que se adequam melhor a um tipo de serviço. 

Se você quer entender melhor sobre precificação e utilizar as metodologias no seu processo de vendas, continue essa leitura!

 

Diferença entre Preço e Valor 

Quando falamos sobre como e quanto cobrar em uma solução, é importante entender dois conceitos: valor e preço. 

“Quem vem por preço, por preço vai embora. Quem vem por VALOR, fica.”

Para que você possa aliar uma comunicação assertiva de vendas frente ao seu cliente, é importante entender a diferença entre preço e valor! 

O preço do serviço representa a quantia em dinheiro que o cliente terá de pagar para adquiri-lo, ou seja, o preço é limitado à questão monetária. O valor do serviço representa os benefícios e diferenciais que você entrega aos clientes.

Por exemplo: O preço de uma Consultoria para o ajuste de uma modalidade tarifária é o número em reais que seu cliente irá pagar pelo seu serviço. Mas o valor está na satisfação do cliente com a economia proporcionada, permitindo que ele possa investir em outras coisas com a quantia que foi economizada. 

Por isso, a definição do preço do seu serviço está intimamente ligada ao valor que você agrega, ou seja, em quais diferenciais você entrega. E a melhor forma de entender sobre como comunicar esse valor é usando a técnica correta, e você pode conferir através dessa leitura: Vendas de alto valor na Engenharia Elétrica

Se você consegue evidenciar o valor da sua solução, é muito possível que o cliente não questione a precificação que será adotada! Por isso, atenção nesse detalhe. 

Agora faça a reflexão: O que seu cliente vai ganhar ao contratar a sua solução?

 

Importância da Precificação 

A definição justa da precificação de um serviço na Engenharia é essencial para manter a saúde financeira do negócio. A precificação varia de empresa para empresa e se basear por preços “tabelados” pode ser um grande risco. 

Os passos para uma precificação eficiente são: 

– Conheça seus custos e despesas (Ex.: aluguel, faturas de energia elétrica e etc);

– Avalie os padrões de mercado (A concorrência influencia no preço a ser cobrado e principalmente no valor que você agrega ao seu serviço, te diferenciando dos demais);

– Defina a margem de lucro desejada e;

– Estime a percepção de valor dos seus clientes. 

A precificação deve estar alinhada com os custos, com o valor agregado ao cliente e competitiva com o mercado padrão. Se você estipula a sua precificação por intuição, por comparação com os concorrentes e sem seguir nenhuma metodologia você corre sérios riscos de: 

– Perder os seus clientes por preços altos ou baixos demais, gerando dúvidas sobre a qualidade do serviço prestado;

– Desequilíbrio da saúde financeira do negócio, impedindo que você obtenha o lucro;

– Falta de competitividade: não consegue enfrentar a concorrência devido aos prejuízos a cada serviço mal precificado; 

– Estagnação: Falta de capital para investir em estratégias de marketing, a fim de captar e atrair o público-alvo.

 

Tipos de Precificação 

Em serviços de Engenharia Elétrica existem dois tipos de precificação de serviços, a precificação fixa e a precificação por resultado.  

Precificação Fixa: Esse tipo de precificação é baseada  geralmente em uma composição de custo fundamentada em mão de obra, equipamentos, e despesas, independente da economia financeira que será gerada com a implantação da solução. 

Na precificação fixa o pagamento pode ser feito ou não no momento da assinatura do contrato de prestação de serviços, e pode ser uma parcela única ou pagamento parcelado. 

Precificação por Resultados: Esse tipo de precificação é baseada na economia que é entregue com a solução a ser realizada. Ela também pode ser chamada de precificação por percentual de economia.

Na precificação por resultado o pagamento pode ou não ser realizado de forma parcelada, conforme o resultado obtido com a implementação da solução adotada.

 

Mas e como chegar no preço final do serviço? É o que veremos no próximo tópico.

 

Métodos de Precificação mais utilizados 

  • BDI

Uma das metodologias que se utiliza para a tomada de decisão de um preço final é o BDI da sigla Budget Difference Income (traduzido como Benefícios e Despesas Indiretas). 

Muito utilizada quando se trata de licitações e concorrências e algumas empresas, inclusive, exigem a apresentação desse cálculo na apresentação da proposta de precificação. O objetivo do cálculo do BDI é ajudar a compor um preço adequado de venda considerando todas as despesas envolvidas. Nesse método é acrescentado uma taxa ao custo de uma obra.

Independente da equação matemática padrão do BDI, o cálculo é dinâmico de acordo com o tipo de serviço e tamanho da empresa. 

Sua fórmula padrão é: 

((((1+AC) x (1+DF) x (1 + R) x (1 + L) / (1- T)) – 1)

Sendo: 

– AC: Administração Central

– DF: Despesas Financeiras

– R: Garantias, Riscos, Seguros e Imprevistos

– L: Lucro

– T: Tributos 

Para serviços de Engenharia Elétrica de alto valor, esse método aponta o valor do preço final ao limite do que deve ser cobrado, se tornando não tão interessante. 

  • Composição de Custos 

Outro tipo de metodologia para estratégia de precificação é através de Composição de Custos. Essa metodologia é relacionada à engenharia de custos e geralmente é utilizada no orçamento de obras e serviços, e dá bastante clareza de que você não pode cobrar abaixo do valor encontrado. 

A composição de custos envolve principalmente a descrição do serviço, a mão de obra, os materiais e os equipamentos necessários para a sua execução, os custos unitários e totais. Inclusive, entender sobre encargos sociais e trabalhistas dos colaboradores ou prestadores de serviço para calcular a mão de obra será fundamental para o processo do cálculo.

Ela envolve:

– Custos de mão de obra: Nessa etapa você precisa calcular o custo da hora da mão de obra dos seus funcionários ou das pessoas que você irá contratar para realizar o serviço. Esse número é encontrado a partir da divisão do custo com o funcionário pelo número de horas de trabalho no período. Se o funcionário for CLT, lembre-se de todos os encargos que estão envolvidos! 

– Custos fixos e variáveis: Os custos fixos estão ligados aos custos da empresa que são necessários para ela se manter, independente se ela vender ou não. Exemplo: Serviço de limpeza, plano de internet, contabilidade e etc. O custo variável é tudo aquilo que varia de acordo com a venda. Exemplo: Investimento em marketing, fatura de energia, despesas com veículos, comissões e etc. 

– Margem de lucro: Aqui você precisa definir a porcentagem que pretende ganhar sobre o serviço realizado. 

– Markup: O markup permite o controle do preço de venda, por meio de um “indicador” ou “índice” que, aplicado sobre o custo de um produto, determina o preço de venda e comercialização. Um markup é adicionado ao custo total incorrido pelo produtor de um bem ou serviço com propósito de gerar um lucro. 

Além dos itens acima, é importante que você avalie a precificação de mercado. Nesse passo você irá pesquisar a base de preço dos seus concorrentes, a fim de comparação e avaliação do que você tem a entregar além do que a concorrência oferece. Até mesmo para agregar o valor ao que for entregue você precisa estar consciente do preço que seus concorrentes cobram, para que em sua comunicação saiba elencar o porquê da sua precificação. 

 

Conhecer bem o seu cliente, a sua percepção, será fundamental para conquistá-lo. Conhecer suas principais dores e objeções é o caminho mais assertivo. E aqui não estamos falando de dar descontos exagerados ou algo do tipo, mas sim, de estar munindo de informações para se comunicar estrategicamente. 

Após a definição do preço final, você irá definir o tipo de precificação: se será fixa ou em cima de resultado, de acordo com o tipo de serviço prestado. E lembre-se: nunca diga um preço final ao seu cliente antes de avaliar os custos envolvidos no serviço por completo, você poderá ter algum prejuízo! 

 

 

As Oportunidades do Novo Mercado da Engenharia Elétrica

O mercado da Engenharia Elétrica que conhecíamos, já não existe mais! 

O processo de modernização do setor elétrico brasileiro foi acelerado pela pandemia! E esse processo de mudança, demanda novas competências profissionais.

O avanço tecnológico, a indústria 4.0, a transição energética e a expansão das energias renováveis são reais! 

Você está preparado para o novo mercado na Engenharia Elétrica?

Se você quer descobrir as principais tendências do novo mercado da Engenharia Elétrica, continue essa leitura!

 

 O novo mercado da Engenharia Elétrica

O novo mercado que vem se formando trouxe possibilidades para aqueles profissionais que já se destacavam antes, e também um mundo de oportunidades, para os profissionais que desejam acompanhar o progresso e transformar todo o seu potencial em resultados!

O Ministério de Minas e Energia (MME), publicou em 2021 um estudo sobre as Profissões do Futuro na Área da Energia. Esse estudo destaca quatro áreas relacionadas ao setor de Energia e que estão em grande potencial de crescimento: Tecnologias do Lado da Demanda, Geração de Energias Renováveis, Redes Inteligentes de Transmissão e Distribuição de Energia e Mobilidade Elétrica.

Pode-se perceber que as áreas de potencial crescimento são distintas do mercado tradicional da Engenharia Elétrica, e essa discrepância é resultado dos avanços tecnológicos e preocupações socioambientais. Além da digitalização do setor, a busca por fontes alternativas de energia serão o grande impulsionador do progresso.

 

Oportunidades do Novo Mercado da Engenharia Elétrica

Além da falta de profissionais capacitados, é possível que haja uma carência cada vez maior de Engenheiros, já que uma grande parcela acaba se desviando de sua formação, assumindo outras carreiras.

E esta será a grande oportunidade dos novos profissionais, assumir sua formação e ajudar a fazer parte do processo de transição energética que o país está passando. 

No âmbito da geração de renováveis, a demanda já é alta, principalmente no que diz respeito à energia solar fotovoltaica e energia eólica. Inclusive, em julho de 2022, a Aneel junto com a ABSOLAR divulgou que a energia solar se tornou a terceira maior fonte da matriz elétrica brasileira. 

E pode-se destacar as oportunidades gigantescas com a energia solar, que desde a sua implementação no Brasil, trouxe inúmeras oportunidades de empregos. 

O mercado abrirá espaço para profissionais que saibam planejar e coordenar meios de transmissão de energia mais eficientes, evitando desperdícios e custo oneroso em construções, as smart cities

Em relação às redes inteligentes de transmissão e distribuição há um avanço paralelo da regulação de energia com as tendências de digitalização, informatização, automação e cibersegurança. Perfis com conhecimento em IoT, Big Data, Machine Learning e Digital Twin serão cada vez mais requisitados. 

No aspecto da mobilidade elétrica, o estudo aponta a previsão do crescente número de veículos elétricos em um futuro não muito distante. A demanda por profissionais especialistas em veículos elétricos e que dominem esse conhecimento desde a infraestrutura até a criação de novas soluções, será cada vez mais alta. Os veículos elétricos serão a realidade global em mobilidade urbana. 

No âmbito da resposta da demanda, a área de eficiência energética cresce exponencialmente. Profissionais que dominem competências em gestão de energia, mercado livre, regulação de energia, gerenciamento e otimização de recursos energéticos já possuem procura significativa. 

Além disso, no campo da regulação de energia, o mercado de energia é o mercado do futuro da energia elétrica. Com a abertura do mercado livre se aproximando, será uma grande oportunidade de atuação e novos modelos de negócio para os profissionais da área. 

Um desafio que os profissionais irão enfrentar é que as grades curriculares das instituições de ensino do Brasil não estão 100% alinhadas com as novas necessidades do mercado. O que irá demandar proatividade, versatilidade e ter uma cultura de constante aprendizado.

 

Perfil dos Novos Profissionais

Você achou que acabava por aqui? A modernização do setor deverá exigir não apenas profissionais alinhados com os avanços tecnológicos, mas também com habilidades comportamentais, as famosas soft skills

Então já anota algumas dessas habilidades para você desenvolver:

– Pensamento crítico;

– Liderança;

– Gestão das emoções/Inteligência emocional;

– Trabalho em equipe;

– Comunicação;

– Gestão de Pessoas. 

Além das áreas de potencial crescimento e as habilidades que o engenheiro eletricista precisará estar atento, existe uma das maiores possibilidades para que ele se desenvolva e alcance sucesso nesse novo mercado: O Empreendedorismo! 

O Engenheiro pode formar o seu próprio negócio no ramo da energia e eletricidade. E isso pode ser fortemente impulsionado por meio das Consultorias Elétricas, em vista de que os empregos tradicionais estão cada vez mais escassos e não fomentam todo o potencial que esse profissional é capaz de entregar. 

A procura por Engenheiros Consultores cresce a cada ano, devido à necessidade de redução de custos, olhar analítico para promover mudanças e agilidade na proposta de soluções. 

Antes de iniciar, defina o que você pretende com o seu negócio, qual tipo de serviço irá fornecer e quais mercados deseja conquistar. Não existe fórmula perfeita para obter sucesso no empreendedorismo, mas o grande desafio é que os seus resultados dependerão exclusivamente de você!  

 

Por isso, fique atento às oportunidades que podem ser geradas de acordo com as tendências do novo mercado, ao que as novas leis proporcionam, às mudanças na política econômica de governo e ao que os agentes dos setores vêm apontando. 

A atuação da Engenharia Elétrica será fundamental para garantir soluções sustentáveis, que ajudem o bolso do consumidor e ao mesmo tempo, não agridam o ambiente.

Posicionamento no mercado da Engenharia Elétrica: O que é e Como Aplicar

Qual lembrança você quer imprimir na mente do seu cliente?

Se você se posiciona de forma estratégica, você alcança uma posição de destaque que te torna referência na solução que você oferece!

Mas se você não se posiciona de forma estratégica, pode comprometer a sua imagem e ainda perder para seus concorrentes.

Quer saber como desenvolver o seu posicionamento no mercado da Engenharia Elétrica?

Siga a leitura e descubra como aplicar.

O que é Posicionamento?

Antes de tudo, é preciso entender o que é posicionamento.

De forma simplificada, o posicionamento é a “posição” exclusiva que a sua marca ocupa na mente do consumidor. Se o cliente lembra do seu nome, da sua marca profissional, qual é o sentimento que ele vai ter?

É do Engenheiro Eletricista de alto nível, ou é aquele que sempre cobra barato?

Para definir o seu posicionamento no mercado da Engenharia Elétrica, você deve:

– Estudar a persona, ou seja, desenhar o seu cliente ideal e entender quais são todas as dores e desejos

– Fazer pesquisa de mercado e estudar os seus concorrentes para que você tenha uma referência do que vem sendo feito

– Desenvolver a sua solução, olhando sempre para o seu cliente e com atenção para os elementos que irão atender às principais dores

– Criar uma comunicação assertiva de vendas, de ponto a ponto da sua solução, através de uma metodologia de vendas consultivas, o Spin Selling. Nessa etapa você irá evidenciar a dor do seu cliente, qual o problema que ele terá ao tentar resolver de forma errada e as implicações, para que em seguida você mostre sua solução.

Essas são as direções básicas para que você construa o seu posicionamento no mercado, com o objetivo de se tornar uma referência e superar a concorrência.

Um fator importante é que o seu posicionamento precisa ser autêntico, prometer o que não é real poderá ser um grande risco.

Por isso, atender aos pilares fundamentais de um Engenheiro Eletricista reconhecido e valorizado no mercado, será um divisor de águas nos seus negócios.

Quais são os pilares fundamentais para alcançar o reconhecimento?

Os três pilares são basicamente um triângulo criado a partir dos elementos de diferenciação que são necessários para o profissional se tornar uma referência: a técnica, a venda e o posicionamento.

Assim, será possível alcançar o reconhecimento e a valorização profissional e financeira das soluções que oferece.

O pilar da técnica representa o conhecimento técnico necessário para que você entregue a sua solução.

O pilar do posicionamento representa os elementos de diferenciação em relação ao seu concorrente, desde o seu tom de voz, forma de se vestir, a segurança que transmite ao falar da sua solução e a metodologia com que apresenta sua proposta técnica comercial.

E o pilar da venda representa a comunicação assertiva de vendas que você utilizará para oferecer, conquistar e entregar sua solução.

Importante lembrar que os pilares não funcionam de forma separada, pois:

– A técnica sem posicionamento trará poucas vendas e baixa recorrência.

– A técnica sem a venda não vai sustentar a sua empresa. Faltará receita e lucro.

– A venda sem o posicionamento te fará cair na tentação de reduzir o preço da sua solução, te igualando ao seu concorrente.

Vale lembrar que além de desenvolver os três pilares fundamentais para se tornar uma referência você precisa estar nas redes sociais, mas não de qualquer jeito, e sim de forma estratégica.

Quais são os melhores canais para vender serviços na Engenharia Elétrica?

O melhor canal de vendas não é o canal A ou canal B, e sim os canais A, B, C, D, E…Z, todos juntos simultaneamente.

É possível prospectar e ganhar mais clientes em mais territórios, sem que precise abrir filiais e gastar dinheiro exacerbado em propagandas.

Não adianta estar nas redes sociais e não usá-las ao seu favor! Use e abuse desse canal global, mas se posicione ao ponto de elevar a escala de consciência do seu potencial cliente sempre que ele ver, ler ou ouvir sobre sua marca.

Fica aqui a dica de alguns canais de prospecção e vendas:

– Site;

– Whatsapp;

– Indicação;

– Vendas porta-porta de forma estratégica;

– E-mail marketing;

– Redes sociais;

– Publicidades na internet (Google Ads, Facebook Ads);

– Outdoor;

– Eventos e feiras (estratégicas dos seguimentos do seu potencial cliente);

– Blog;

– CallCenter;

– Google Meu Negócio;

– Lançamentos;

– Clientes de base;

– PEG (Pesquisa Estruturada no Google);

Você entendeu como o posicionamento pode te tornar uma referência e te diferenciar dos seus concorrentes?

Então, o que você precisa fazer é encontrar os seus diferenciais e seguir os pilares fundamentais para se tornar um Engenheiro Eletricista reconhecido, valorizado e único na mente do seu cliente!

Gostou das dicas sobre como aplicar o posicionamento?

Então decida qual lembrança você quer imprimir na mente do seu cliente.

 

B Optante e Geração Distribuída

Mas o que é um consumidor B Optante? E qual sua relação com Geração Distribuída?

 

Optante B é o consumidor atendido em média tensão, mas que pode optar por ter um faturamento como se fosse um consumidor da Baixa Tensão, caso atenda aos requisitos permitidos.

Vamos entender a relação desse consumidor com os sistemas de micro e minigeração distribuída!

Um dos critérios para ser enquadrado como B Optante apresentados no Art. 292 da Resolução Normativa 1000/21 da Aneel é que:

  • A soma das potências nominais dos transformadores da unidade consumidora for menor ou igual a 112,5 kVA;
  • Para unidade consumidora com minigeração distribuída, a distribuidora deve observar o disposto em regulação específica.

Com a aprovação Lei 14.300 o consumidor que é B Optante tem o direito de instalar uma usina de micro ou minigeração, e ser faturado como Grupo B:

Art. 11 – § 1º: Unidades consumidoras com geração local, cuja potência nominal total dos transformadores seja igual ou inferior a uma vez e meia o limite permitido para ligação de consumidores do Grupo B, podem optar por faturamento idêntico às unidades conectadas em baixa tensão, conforme regulação da Aneel.

Então lembre: O limite permitido do transformador é 75 kVA para ligação de consumidores do Grupo B!

Potência Nominal do Trafo ≤ 1,5 * 75 kVA

Então o consumidor pode instalar sistemas de até 112,5 kVA! 

Lembrando que o que caracteriza o consumidor B Optante é a CARGA e não a geração!

> Lei 14.300 – Art. 11 – § 1º: Unidades consumidoras com geração local[…]

O sistema de micro ou minigeração deve estar junto à carga! ✅

Sistemas remotos não podem ser B Optante ❌

 

Se liga:

O cliente pode instalar um sistema com inversor maior que 75 kW? Sim! Desde que respeite o limite do transformador!

Esse sistema vai poder mandar créditos para outra unidade consumidora que tenha um mesmo titular? Sim, é possível enviar os créditos para outras unidades consumidoras!

 

Gostou desse conteúdo? Compartilhe com outros profissionais da área!